sábado, 17 de novembro de 2007

Escrever sobre o amor é tentar salvar as migalhas, as ultimas gotículas de sangue de todo o sofrimento, de toda a alegria, de toda a confiança, de toda a superação que existe por traz de um momento.Falar de amor é não amar, pois quem ama, não fala; Quem ama reproduz.Verbalizar o amor é a essência da frustração, é solidão, é tudo o que eu não queria. Escrever sobre a morte é fuga, é utópico, é patético.Viver para falar da morte é como acordar para falar do sonho.A morte ocupa uma ínfima parcela das vidas, pensar no fim estando no meio, nessa altura dos fatos, já não é mais patético, é simplesmente burro. Escrever sobre a vida, para tal feito, precisaria amar e morrer.

Firme.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Cá estamos, firmes. Á espera da derrota. Cá estamos mortos A derrota não ceifa A glória alheia nos devora.

Eia eia ou.Firme! Forte.Pa! Eis as provas Meritíssimo, Os abutres não param de voar.

Pois cá estamos firmes E a glória alheia é veloz Veloz como as palavras Que soam a uma só voz. Zum!

Paralelepípedos á leste. Pronto socorro á oeste Atrás, escondida e surrada, A banda saúda a chegada De mais um pontuador, Exímio em suas caçadas.

O abutre Rei no fita, E seguindo a ordem, Canta a caneta, Cumprindo firme seu papel Papel manchado de atraso Que assim como e Rei, Cai em descaso

E os abutres ficam Sempre a repetir, Firme, Firme...Firme.