sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Por um pouco menos, foi descaso. Por um pouco mais, seria amor. Mas afinal, quem mensura os pequenos frascos? São os mortos de mistério? São os loucos por saudade...Como se houvesse pouca coisa nesta vida que comprasse piedade. Eu compro compaixão. Compro. Compro, até mesmo, os melhores perfumes. E se não houver quem os venda, compro as mais belas rosas e os mais eternos fixadores...Faço tudo por ser pouco, tenho pouco por ser louco. Sou louco por um pouco menos. Por um pouco mais seria gênio.

MR8

sábado, 3 de janeiro de 2009

Amor, raiva, revolução.São coisas que alimentam a vitória, são eternas.Já a coragem é passageira, por isso que não temos revoluções em todo mês de outubro.
Tenho tentando encontrar as minhas coragens.Às vezes é a raiva e quase sempre há falta do outro, mesmo assim eu me consolo.Sou como o golpista de abril, que tem ao seu lado um grande cesto de lençóis, tantas vezes verde-amarelos, tantas outras com bolinhas vermelhas.E me pergunto se, assim como o golpista, me visto de verde-amarelo e me calo de vermelho-sangue.
Me pergunto se assim como o revolucionário, tirei o amor da bandeira e deixei o positivismo da minha época consumir o pouco de raiva que me dava forças.
Quem dera o fogo viesse e queimasse todos os palmares verde-amarelos, pois, pra onde quer que eu olhe, os lençóis são os mesmos, o que mudam são os cestos e os sonetos.
-Às armas!
Não, quem vos fala são as raivas.