De tantas delas, pedi só uma
De tantas rosas do teu calor
Então é de dor que por ti sucumbo
É por não ter uma pétala do seu amor
E na janela senti seu cheiro,
Como que veio da fina flor
Me provocar com esse teu jeito
De quem desatina a minha dor
Inebriado e em desespero,
Me dei ao cálice dos beijos teus
Mas as tuas flores tem todos donos
E a boca tua não me acolheu
Me dei aos brotos de girassóis
Me dei aos ramos das oliveiras
Me dei de corpo à tantos lençóis
E a alma minha à ultima centeia
Que me queima, me arde, me ferve em alarde.
De não te ter, de tantas delas. E de não ser, de tantos
seus.
É do amor que a rosa nasce. É da escolha que me perdeu.