MR8

sábado, 3 de janeiro de 2009

Amor, raiva, revolução.São coisas que alimentam a vitória, são eternas.Já a coragem é passageira, por isso que não temos revoluções em todo mês de outubro.
Tenho tentando encontrar as minhas coragens.Às vezes é a raiva e quase sempre há falta do outro, mesmo assim eu me consolo.Sou como o golpista de abril, que tem ao seu lado um grande cesto de lençóis, tantas vezes verde-amarelos, tantas outras com bolinhas vermelhas.E me pergunto se, assim como o golpista, me visto de verde-amarelo e me calo de vermelho-sangue.
Me pergunto se assim como o revolucionário, tirei o amor da bandeira e deixei o positivismo da minha época consumir o pouco de raiva que me dava forças.
Quem dera o fogo viesse e queimasse todos os palmares verde-amarelos, pois, pra onde quer que eu olhe, os lençóis são os mesmos, o que mudam são os cestos e os sonetos.
-Às armas!
Não, quem vos fala são as raivas.