O Caminho de jamelões. Parte2.

domingo, 27 de abril de 2008

Horário de verão.Dia longo.Alguém com uma cesta de flores e um alguém sentando em um banco de praça:

— Segredos compartilhados? Defina segredo.

—Meu mundo restrito.Por que seria tão interessante assim?

—Informação nunca é de mais.Já que não posso entender as que vêm de mim, ficaria feliz em surrupiar as suas.É envolvente, o de sempre é envolvente, ou não seria o de sempre.

—Você não passa de um frustrado.Vem cá, quanto tempo não coloca essa carniça fétida pra funcionar?

—Qual das carniças?

—Há, até parece que conseguiria diferenciar os membros das pernas com os dedos da mão; Se mate logo.Menos um no mundo pra beber dos rios do Brasil.

—Me mato, mato sim.Mas se, e somente se, você me prometer cada uma dessas rosas no Campo da Esperança.Vala comum de amanhã.Entrarei pra eternidade, junto com O Flanelinha, o lavador de carros, o Pinga-Fogo e o Bactéria.

—Feito.

—Antes de consumar o fato, pode me fazer um favor?

—Diga lá, moribundo.

—Uma rosa também para aquela menina com um lenço na mão.

Calçada.Rua.Carro.Sangue.

Isa, sua rosa vermelha e seu lenço na mão.

Quanta sorte.—Pensou ela: “No verão é muito raro encontrar uma rosa assim, provavelmente deve ter sido cultivada em estufa. Ah, se eu tivesse estudando mais na escola...Poderia exaltar meu ego recitando cada parte dessa flor.Ou ainda, poderia exaltar o romance, se soubesse em que época as rosas eram românticas.Provavelmente nunca foram, convenção de um retardado e aceitação das meninas moças do séc passado.”

3 rabiscos:

Anônimo disse...

hummmmm
Nem entendi

Unknown disse...

bacana =x

Clayton C. disse...

com certeza muito melhor
do q a maioria q se encontra em blogs, tem um lirismo q gostei
e o nome do blog é ótimo, nomes sempre bom ter um bom.