Mensagem para um risco.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Venho lhe falar da pena por ser quem tu és, a pena por ter pena, quando muitos não merecem as asas que lhes foram dadas.Venho também, dar te as plumas, brancas e aveludadas, porque tu mereces, tu e outros tantos piedosos.Não passa de uma questão de inequação, essa roupagem branca, serena, aveludada.Inveja.Como me mata.Mas nem por um único vestido branco, de véu e grinalda, perderia a chance, pois preciso, preciso contar-lhe a sentença da corte por seres tão amada.

Dedico-me ao bordado de uma colcha de retalhos.Metades.Não por partes. Por metades.Eis a face de uma história de histórias, de um conto de gigantes.Por tu, fui tempestade, fui soluços.Foram laços.E o sol de um errante, de uma máscara inconstante.Sou eu no olhar do torto, sou eu no céu de agosto.O leonino amargurado, que te deve explicações.Um todo aglutinado de falácias por um todo argumentado por palavras.Não era um seguidor de metáforas, mas agora é passado, e tornara eu um viciado, e tudo o que era belo, belo era de alegria, que não germina em ironia, não por falta de brilho nem menos por graça à fantasia, és um pedido de malefício, impostos em poços de magia.És um eu no seu espelho.E olhas tanto que me pergunto.É o passado uma história de plumas velhas, ou o futuro um presente de penas novas?

1 rabiscos:

Unknown disse...

O sujeito lírico é um homem que brilha na hora errada, e isso tá matando o casamento e a relação com sua mulher, que é um pássaro. Apelei?